FGTS INGRESSA NA PARTILHA DE BENS?
Ilustres. Antes de respondermos o questionamento, é de bom alvitre entender que o código civil informa o que se comunica ou não em um relacionamento.
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Neste sentido, no regime da comunhão parcial, os frutos advindos do trabalho pessoal de cada cônjuge são incomunicáveis, ou seja, não podem ser partilhados.
A lógica é simples, estes rendimentos fruto do trabalho individual não ingressam na esfera dos bens comuns do casal, porque conquistados individualmente, sendo uma reserva personalíssima, assim é justo ser são mantidos na modalidade particular e consequentemente não passiveis de divisão.
Mas, o FGTS pode ser considerado uma espécie de fruto pessoal? Me parece que sim, isto porque o Fundo de Garantia gerado mês a mês advém do trabalho prestado pelo empregado. É fruto civil do labor individual, desta sorte está acobertado sob o manto dos bens incomunicáveis, certo?
É...Ocorre que, na prática não é bem assim. Vamos lá...
Primeiro devo dizer que existe entendimento para todos os lados. Desta sorte coube ao Superior Tribunal de Justiça delimitar o tema. Neste momento, o entendimento majoritário é no sentido que mesmo possuindo o FGTS característica de provento laboral:
Esta verba deve sim ser partilhada quando dissolvida a relação, isto porque compõem o patrimônio comum do casal, haja vista ser fruto da estreita colaboração que se forma entre marido e mulher.
Se deve apenas observar que a divisão não pode ser decretada em valores anteriores ou posteriores ao relacionamento, quando o regime for o da comunhão parcial de bens.
Segundo o referido entendimento, desimporta se o fundo de garantia restou utilizado pelo casal durante o relacionamento, realmente importando apenas a data de sua aquisição, ou seja, se foi dentro da constância marital.
Ok. Entendi a questão. Mas, como se faz para dividir esse valor?
Bom... informo que o saque do FGTS não é imediato. Assim, em verdade, a diretriz do momento é no sentido de que seja oficializada a Caixa Econômica Federal acerca da partilha do FGTS e, quando ocorrer uma situação legal de saque, que o valor seja disponibilizado a ambos.
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